Quem vende mais caro
Provavelmente milhares, senão milhões de brasileiros que
acessam a rede social já receberam em seus correios eletrônicos (e-mails) uma mensagem sugerindo não se
comprar combustíveis (abastecer os veículos) nos postos com a bandeira da Petrobrás.
Diz o texto que a estatal brasileira por ser a principal fornecedora dos
derivados de petróleo deveria vender o produto (gasolina e diesel) mais barato
levando as demais, de outras bandeiras (Texaco, Ipiranga, Shell etc.) a vender
os derivados de petróleo pelo menos por igual preço, no entanto é a mais cara. E
que se ela sofrer um boicote e ficar total ou parcialmente paralisada, em suas
vendas, estará inclinada e obrigada, por via de única opção que terá, a reduzir
os preços de seus próprios produtos, para recuperar o mercado, levando as
demais a seguir o mesmo rumo para não sucumbirem economicamente e perderem
suas fatias de mercado. Em princípio não se dá tanta atenção a essas mensagens
que vem num imenso rol de outras de pouca ou nenhuma credibilidade e de menor
importância ou atração, haja vista que a rede despertou em todos que a acessam seus
dotes de informação. Há um ditado antigo de que de médico e louco todos tem um
pouco. E hodiernamente, de repórter também. Mas, ao receber mais de uma vez, de
diferentes origens a mesma mensagem, somos levado a verificar sua
verossimilhança. E não é que existe alguma razão nessa tal mensagem? Ao dar
maior atenção a sua insistência passei, durante meus deslocamentos pela cidade
e para fora desta nos finais de semana e feriados prolongados, a dar-me o trabalho
de observar os painéis (tabelas) de preços dos postos de abastecimento, o que
já venho fazendo há alguns meses. E nessa despretensiosa pesquisa constatei que
a Petrobrás sempre está com os preços acima das demais concorrentes. Dá pra
entender que um produtor apresente um preço maior dos revendedores que obtém os
produtos da própria estatal? Que tipo de estratégia é essa que mesmo assim
vende tanto ou até mais que as concorrentes, pois os postos BR continuam se
expandindo? E a ANP (Agência Nacional de Petróleo) que tem a atribuição de
controlar e fiscalizar os preços está aí com cara de paisagem. Como não sou
economista não tenho resposta, nem ao menos uma especulação sobre essa forma de
comércio atentatório ao bolso do consumidor. Essas afirmações são comprovadas
por numerosas fotos que há meses venho tirando no curso dessas verificações. E
as imagens que ilustram este texto são as mais recentes, obtidas num espaço de cinco
dias, sem que tenha havido mudança no preço dos derivados de petróleo, provando
que a Petrobrás oferece seus produtos com preços acima das concorrentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário