blog do Roberto Pimentel
domingo, maio 25, 2025
sexta-feira, maio 28, 2021
Salmo 133 - A excelência do amor fraternal - 08/05/2020
Lá pelo ano de 2000 eu fiz uma melodia para o Salmo 133, um salmo que eu já lera muito e que me levou a dar o nome HERMOM ao meu primeiro filho varão, que é o nome do monte citado por Davi seu autor.
O monte Hermom fica envolvido de neve na parte mais alta, mesmo nas estações quentes e, durante a noite ele libera um orvalho abundante irrigando e fertilizando os vales em volta, banhando e sustentando rios e córregos, entre os quais o rio Jordão, o principal rio da região, que nasce ao sopé do monte e tem seu curso pelo território de Israel.
E na noite de hoje, em casa com meus filhos JORDÃO e ISRAEL, decidi gravar este vídeo.
E que o SENHOR, enquanto seu Filho amado não retorna para buscar sua Igreja, continue ordenando a bênção e a vida para sempre. Amém!
quinta-feira, setembro 11, 2014
Refletindo com Rubem Alves
Ontem recebi com alegria a informação
que uma pessoa amiga disse a outra estar sentindo falta de meus
escritos. Puxa!
As estiagens textuais neste espaço se dão, não por outro motivo, senão
pela falta de tempo, envolvido que estou no cotidiano, apesar de aposentado.
Mas voltarei, com a Graça de Deus, a escrever, uma das coisas que mais me apraz, externando sentimentos, observações e reflexões. E também,
dividindo com meus próximos informações achadas interessantes.
Como tenho usado este espaço não somente para expor aquilo que produzo,
mas também aquilo que aprecio, admiro e elejo como algo interessante a ser
compartilhado com meus leitores, aproveito o ensejo para vir à baila uma
simples mas inexpugnável crônica do agora saudoso Rubem Alves.
Esse maravilhoso escrito circulou nas redes sociais logo após a partida
do cronista, autor de tantas outras preciosidades.
E talvez nem tenha alcançado o que ela precisa alcançar, que é a
reflexão, não somente daqueles que chegam a uma idade avançada como eu, mas
também aos mais jovens, de valorizar seu tempo terreno, pois, como disse Tiago
(4:14), um dos apóstolos de Cristo, "A nossa vida é um vapor que aparece
por um pouco e depois se desvanece".
Mas, vamos ao primoroso texto.
(texto escrito em 06/09/2014)
O tempo e as jabuticabas
RUBEM ALVES (*)
Contei os anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para
frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As
primeiras ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o
caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando
seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para
reverter a miséria do mundo.
Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a
proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos,
normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da
idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de
“confrontação”, onde “tiramos fatos a limpo”.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo
de secretário geral do coral.
Lembrei agora de Mário de Andrade que afirmou: “as pessoas não debatem
conteúdos, apenas rótulos”.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não
se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a
dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é
justo.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor
absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena.
(*) RUBEM ALVES (1933-2014), teólogo,
escritor, jornalista.
domingo, julho 13, 2014
O
silêncio imposto pela seleção da CBF
Estou retornando para casa com a mulher e os dois filhinhos, vindo de Marudá.
Foram três dias curtindo (ou sendo curtidos) ao sol de Crispim e Algodoal,
praias paradisíacas de nossa região litorânea. A entrar em Belém encontro as
ruas vazias, desde a rodovia principal até as ruas do bairro onde moro. Faz um
silêncio há muito não visto ou percebido. Para não ser funesto não direi que
faz um silêncio sepulcral, mas um silêncio de decepção, de frustração, de
conviver com o inesperado, com o imprevisível. As casas fechadas com seus
moradores, algumas com sacadas ocupadas por pessoas taciturnas, sérias,
desoladas aguardam o imprevisto jogo entre Alemanha e Argentina. Essa é a expressão. Tudo a partir dos malfadados 7 a 1. Os singelos
enfeites aplicados à rua que estou passando, resultantes do sacrifício
econômico e braçal dos torcedores mais fanáticos, agora tremulam ao vento parecendo escarnecer. Ontem, na última decepção desta apelidada Copa das Copas, um
conhecido narrador esportivo dizia, diante das últimas palmas que eram dadas
aos jogadores brasileiros que já perdiam de 2 a 0 para a Holanda que essa
seleção era de todos os brasileiros, enfatizando essa afirmação. Será? Não acho
e acho que muitos acham também que não. A seleção dita brasileira porque
composta por jogadores brasileiros não tão bem selecionados é única e
exclusivamente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), ou melhor, de seu
presidente e seus sequazes. E é esse presidente de conduta censurável quem
escolhe o treinador que, por sua vez escolhe quem ele bem quiser, ou quem a si
for sugerido (imposto mesmo) pelo presidente. E como pode ser constatado essas
convocações foram feitas dentro da conveniência deles. E deu no que deu,
mostrando que a seleção é deles, que são brasileiros, mas não de todos os
brasileiros como quis impingir o narrador. Encerro este texto aos 28 minutos do
primeiro tempo. Ainda está zero a zero, diferentemente com a seleção da CBF que por esse tempo, a quando da semifinal, já levava de 5.
quinta-feira, junho 12, 2014
Vai
começar outra vez
Após meio século o torneio de futebol mais badalado do Mundo vai começar
hoje de novo aqui no país dos brazucas. Aliás, esse termo “gentílico” acabou
inspirando o batismo da bola do torneio, em que pese, como assinala o crítico
literário Sérgio Rodrigues, que o termo nasceu em Portugal com tom depreciativo
aos brasileiros. Não percebo desta vez a empolgação de outras, mesmo elas
acontecendo fora daqui. Os repórteres setoriais das emissoras de TV cumprem seu
papel, buscando estimular o povo, criando bordões, vinhetas e outros recursos
animadores. Mas, nem mesmo assim o clima parece com o de outras épocas (82, 94,
98 e as outras três do atual século). Nos carros automotores um entre 50
aparece com uma bandeirinha ou adereço verde-amarelo. Lembro da decepção em 82
e também quando um político esperto, ainda no meio de sua trajetória política, disse,
após o fiasco no Sarriá, que as eleições diretas para governador, após duas décadas
acontecendo de forma indireta, fariam o povo esquecer o vexame da “seleção das
galáxias”, como chegou a ser chamado o escrete canarinho daquela copa. Se
ocorrer como das últimas vezes, só mesmo quem vai lamentar de verdade é o
torcedor ingênuo como eu já fui. Meu filho de 9 anos contava os dias e agora as horas, como há
pouco, lembrando em voz alta que faltavam 4 horas. Os políticos ávidos pela
reeleição, de olho nas eleições daqui a menos de quatro meses, para gastar e embolsar
o nosso dinheiro, parecem impacientes para que isso acabe (ufa) logo, de
qualquer jeito, indiferentes, seja qual for o resultado. Os jogadores
“estrangeiros” do time penta, vencendo ou perdendo, retornarão para seus países
de “origem” ganhando os mesmos salários fabulosos. E mesmo perdedores
continuarão em evidência. Continuarão a fazer os comerciais de
eletrodomésticos, bebidas, operadoras de aparelhos celulares e outros produtos.
De igual forma o técnico poderá ou não ser despedido, pois parece ser mais que
amigo do surripiador de medalhas, atual dono da CBF. E se sair perdedor do
título da mesma forma quase nada acontecerá com suas finanças, pois, sairá com
os bolsos atopetados de dinheiro. Mas, cá pra nós, tem muita coisa estranha
nesse angu. E a conquista do torneio lançará por terra vários protótipos da
massa em torno do técnico, principalmente aquele de que um raio não cai duas
vezes no mesmo lugar. Se ganhar, vai ser o primeiro na história do selecionado
brasileiro a ganhar duas vezes como titular (Feola em 58, Aymoré em 62, Zagalo
em 70, Parreira em 94 e o próprio em 2002). Vai ser o técnico que não deu certo
na Europa, mas deu na copa de seu país. Vai ser aquele que assumiu o elenco de
mais títulos, vindo de um clube que acabara de ser rebaixado para a série B,
mesmo que antes tenha ganhado a imprevisível Copa do Brasil. Vai quebrar a
escrita de que quem ganha a Copa das Confederações não ganha a Copa do Mundo. Bem,
tem muita coisa ainda para dizer. Por hora irei acompanhar o desenrolar dos
acontecimentos. Já está prestes a ser executado o hino nacional da partida de
abertura.
sexta-feira, agosto 02, 2013
Condutor
esquecido é premiado
Alguns de nossos legisladores, de
quaisquer esferas, surpreendem com a apresentação de projetos de lei
mirabolantes ou grotescos. Anteontem à noite, ouvindo a “Voz do Brasil” no rádio de meu veículo, soube que tramita um projeto de lei obrigando os órgãos de trânsito dos Estados e
do Distrito Federal (os DETRAN) a informarem aos condutores de veículos, através de correspondência enviada num
prazo mínimo de 90 (noventa) dias antes de expirar o prazo de validade da
autorização para dirigir disposto na carteira nacional de habilitação (CNH), objetivando sua renovação. Mais
tarde em casa confirmei a notícia visitando o site da Câmara dos Deputados. Não estou aqui a defender o Estado, pois não tenho delegação para tal, mas acho o projeto inoportuno,
descabido ao transferir uma incumbência do indivíduo ao poder público, um
cuidado que cada condutor deve ter. Minha CNH já foi renovada várias vezes, tendo eu providenciado sua renovação com a necessária antecedência. A última se deu em junho do ano passado com
validade de cinco anos. Se eu ainda estiver com vida e em condições satisfatórias de saúde até maio de 2017 começarei os preparativos para a nova renovação. Não me parece nada, nada mesmo, difícil ou complicado. Além do mais, o atual Código de Trânsito Brasileiro dá uma deixa aos esquecidos quando estabelece no inciso V, de seu
artigo 162, que somente configura infração
dirigir com a CNH vencida há mais de 30 (trinta) dias, de onde se
conclui, que com até 29 dias de expirado o prazo de validade,
o condutor pode dirigir veículos automotores. Se o condutor esquece é porque negligenciou com as imposições
legais, não está controlando suas necessidades. E
mais, está colocando em risco o interesse alheio, principalmente quando a CNH é
seu instrumento de trabalho. Existe uma infinidade de alternativas aos
esquecidos, desatentos, negligentes, para lembrar a data de validade e, via de
consequência, providenciar a renovação de sua
carteira de condutor. Pode ser com um lembrete afixado no seu veículo, com avisos espalhados pelas paredes da casa, pedir aos
parentes e amigos que o avisem quando estiver se aproximando a data prevista
para a renovação, agendar no celular etc. Se aprovada essa ridícula lei, já sabemos que o Estado não possui e nem irá se estruturar logo para por em prática com eficiência mais uma
incumbência. E o descumprimento do prazo de lei deixará o condutor
despreocupado e dirigindo com a CNH vencida, podendo alegar, com respaldo legal,
que não foi informado a tempo. Um motivo a mais para muita gente dirigir com a
CNH vencida. Mas, o que tem a ver as imagens do veículo virado no leito da via pública que está postada acima do texto com o problema abordado? Um veículo amanheceu ontem capotado em uma via de trânsito local, no máximo via coletora, cujos limites de
velocidades vão de 30 a 50 Km/h, respectivamente, donde se infere que seu
condutor esqueceu (ou desprezou) alguma coisa, nem que seja a prudência, ou as
regras basilares de trânsito. É para esse tipo de
condutor que servirá a picaresca lei que já teve de seu relator parecer favorável alegando que muitas vezes, o condutor se esquece de
verificar o prazo de validade da CNH, e fica sujeito a ser surpreendido pela
fiscalização. Coitadinho do esquecido, dirão alguns ironicamente. Esquece
do prazo, esquece das regras de trânsito, esquece disso e daquilo, e assim vai
o condutor sendo tolerado pelo seu esquecimento, colocando em risco sua vida e
de seus semelhantes, albergado por esse tipo de inciativa legislativa. Enquanto
o legislador se preocupar com essas inutilidades como a validade da carteira de
condutor em detrimento de uma atuação mais abrangente, voltada aos pedestres,
aos ciclistas e aos condutores responsáveis, a estruturação das perícias de
trânsito objetivando apontar o real culpado para responsabilizá-lo
administrativa, penal e civilmente, coibir os famigerados pegas e outras pragas
que infestam as vias de trânsito, a implementação de educação (conscientização)
de condutores “esquecidos” e um maior controle do Estado no trânsito das
rodovias e demais vias de tráfego de veículos automotores, as estatísticas de
vítimas fatais e outras com sequelas graves, decorrentes de atropelamentos,
colisões e capotamentos, continuarão a crescer assustadoramente.
quarta-feira, julho 03, 2013
A eficácia do arrependimento
Tenho dois filhos pequenos, além dos grandes.
Grandes presentes, como dizia meu saudoso pai com relação a nós. E como falou o
salmista: “Eis que os filhos são herança do SENHOR, e os frutos de seu ventre o
seu galardão”. Anteontem à noite em casa, quando me preparava para jantar
chamei o pequeno Israel, de 5 anos, que brincava no corredor para que fizesse a
oração de agradecimento pelo alimento. Mas ele saiu pela tangente, se negando a
faze-la. Usei então da psicologia paterna. Para mexer com seu brio pedi-lhe que
chamasse seu irmão Jordão, de 8 anos, para o cumprimento daquela tarefa. E este
não se fez de rogado chegando à mesa. Voltei a pedir a Israel, desta feita que
fosse ao quarto apanhar uma camisa para seu irmão cingir os lombos e dar
graças. Israel foi e trouxe uma camisa para seu irmão, mas também outra para
si. E Jordão iniciou a oração agradecendo a provisão e pedindo a benção do
alimento, fazendo outros pedidos. De repente Israel irrompe orando em voz mais
alta e contundente, pedindo a benção e restabelecimento para sua avó paterna,
exaltando a relação terna entre ela e nós, e ainda, que o SENHOR o
transformasse num menino bom, mudando seu coração e que abençoasse a todos nós,
fazendo tais pedidos de forma aguda, intensa, emocionando a mim e aos demais
que se achavam ali – seus avós maternos, minha mulher e sua irmã. Terminada a
oração Jordão interpelou seu irmão caçula, da forma que uma criança pergunta a
outra, cuja intenção era saber por que este inicialmente se negara a realizar a
tarefa que lhe fora dada por mim e depois mudara? Israel prontamente respondeu
a indagação de seu irmão, mais ou menos assim: - Ora, não tem aquela história
dos dois irmãos – ele se referia a parábola dos dois filhos mencionada em
Mateus 21: 28-31 – que o pai mandou um deles trabalhar e que um deles disse que
não ia mas depois se arrependeu e foi e o outro que disse que ia não foi?
Então, eu não queria orar, mas depois eu quis. Prosseguindo, ao ser perguntado
a respeito, disse que essa e outras histórias bíblicas ele ouvira e ouve em
vários DVD de desenhos nos quais um menino conta passagens das Escrituras. Alegrei-me
com aquele exemplo de arrependimento eficaz que dá bons frutos e agradeci ao
SENHOR por estas bênçãos. Se me contassem o que aconteceu naquela noite,
partindo de uma criança de 5 anos, até eu teria minhas dúvidas. Amigos, nos
vimos! Para nossa satisfação e para honra e glória do nosso Pai celestial.
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